domingo, 21 de agosto de 2011

CURIOSA LUA



Uma nova teoria sugere que a Terra já teve duas luas. A lua menor teria “morrido” em uma colisão em câmera lenta com sua irmã maior.
Os cientistas acreditam que a colisão poderia explicar a misteriosa montanha do lado escuro da nossa lua. A velocidade relativamente lenta do acidente foi crucial para a adição de material no hemisfério lunar raramente visível.
Os pesquisadores esperam que os dados de duas missões da NASA comprovem ou contestem a teoria no próximo ano.
Durante décadas, cientistas vêm tentando entender por que o lado próximo da lua – o visível da Terra – é plano e sem crateras, enquanto o lado escuro, raramente visto, é cheio de crateras e tem cadeias de montanhas superiores a 3.000 metros.
Várias teorias têm sido propostas para explicar essa dicotomia lunar. Uma sugere que o aquecimento das marés, causado pela atração da Terra sobre o oceano de rocha líquida que corria sob a crosta lunar, pode ter sido a causa.
O estudo mais recente propõe uma solução diferente: uma série de colisões cósmicas.
Os pesquisadores afirmam que a Terra foi atingida cerca de quatro bilhões de anos atrás por um outro planeta do tamanho de Marte. Essa hipótese sugere que os detritos resultantes eventualmente se fundiram para formar a nossa lua.
Mas os cientistas dizem que um outro corpo lunar, menor, pode ter se formado do mesmo material e ter ficado preso em uma força gravitacional – um cabo de guerra entre a Terra e a lua maior.
Depois de ficar milhões de anos “presa”, a lua menor embarcou em uma rota de colisão com a sua irmã mais velha, chocando-se com ela a uma velocidade de menos de três quilômetros por segundo, mais lenta do que a velocidade do som em rochas.
“Foi uma colisão suave, inferior à velocidade do som – isso é importante porque significa que não houve choques enormes ou fusões e derretimentos”, explica o líder do estudo, Martin Jutzi.
No momento da colisão, a maior lua tinha um “oceano de magma” com uma crosta fina na parte superior. Assim, os cientistas argumentam que o impacto teria levado ao acúmulo de material sobre a crosta lunar, e também redistribuído o magma subjacente ao lado mais visível da lua, uma ideia apoiada por observações feitas pela NASA.
Especialistas notam que o novo estudo demonstra plausibilidade, em vez de provas, mas levanta uma possibilidade legítima de que um impacto gigante na Terra provocou mais de uma lua.
Os pesquisadores acreditam que uma forma de provar sua teoria é comparar seus modelos com a estrutura interna detalhada da lua que será obtida por uma nave da NASA em breve. Eles também esperam um mapeamento de alta resolução que deve realizado no próximo ano.
Jutzi disse que sua equipe prefere colocar as mãos em amostras do lado escuro da lua para provar sua teoria, e que, no futuro, eles esperam um retorno de amostra ou uma missão tripulada para lá para poder comprovar melhor a nova ideia.[BBC]



Quando aprendemos nossos primeiros conceitos sobre astronomia, geralmente nos é ensinado que existe um único universo, com incontáveis galáxias, e que vivemos dentro de uma delas. Recentemente, no entanto, cientistas estão considerando a chance de haver mais de um universo.
Essa ideia, defendida por astrônomos de duas universidades britânicas, é por enquanto apenas uma hipótese. Basicamente, parte de uma teoria chamada de “inflação eterna”. Após o Big Bang, houve diferença na expansão do espaço-tempo (escala física usada para medir eventos espaciais) em lugares diferentes. Ou seja, cada fragmento de universo teria nascido de acordo com suas próprias leis físicas que regem o tempo e o espaço.
O que dá suporte a essa teoria, mais recentemente, é o estudo da radiação cósmica de fundo (CMB, na sigla em inglês). Essa radiação, que aparece no universo na frequência mais alta possível de microondas, deixa marcas no espaço-tempo. Segundo a teoria dos vários universos, essas marcas foram deixadas após a colisão dos vários universos ao longo de suas existências. Nosso próprio universo, portanto, poderia já ter colidido com um ou mais “vizinhos”.
Para que se possa entender esse mecanismo, os cientistas britânicos fizeram uma comparação com bolhas de sabão. Imagine que cada bolha de sabão é um universo, com suas próprias leis físicas de espaço-tempo. Quando duas bolhas de sabão encostam uma na outra, a área em que elas se tocam torna-se circular. Da mesma maneira, quando dois universos colidem, a radiação CMB resultante do choque também toma forma circular. Essa radiação circular, dessa forma, seria um sinal claro de que dois universos colidiram naquele ponto.
A parte prática desse estudo, medida a partir de um algoritmo criado pelos astrônomos, teve um resultado que agradou em parte os cientistas.
De fato, foi possível observar a incidência de CMB circulares em certas áreas do espaço, que foram marcadas como indicativos dessa teoria. Não se conseguiu, entretanto, definir um padrão para o aparecimento dessas CMB, que continuam parecendo aleatórias.
Um argumento, mais lógico do que propriamente físico, é usado pelos defensores da teoria. Segundo eles, o nosso universo é exatamente “desenhado” para que se possa haver vida, já que a harmonia entre constantes como a gravidade e a velocidade da luz permite isso. Seria muita coincidência, segundo eles, que em um único universo houvesse exatamente essas condições.
O que se buscará a partir de agora, portanto, é ordenar as observações para fortalecer essa teoria. Um satélite da Agência Europeia Espacial, chamado Planck, está no espaço desde 2009, e em 2013 deverá ter respostas mais detalhadas sobre a nova teoria. [LiveScience]




Cientistas fazem uma descoberta empolgante: uma faixa fina de partículas de antimatéria, chamadas antiprótons, envolvendo a Terra.
Esse flagra inédito confirma o trabalho teórico que prevê que o campo magnético da Terra pode “capturar” antimatéria.
Os antiprótons foram vistos pelo satélite Pamela (uma sigla em inglês que significa, em português, ‘carga paga para exploração de antimatéria e astrofísica de núcleos leves’), lançado em 2006 para estudar a natureza das partículas de alta energia do sol e de além do nosso sistema solar, os chamados raios cósmicos.
A equipe diz que um pequeno número de antiprótons está “preso” entre matéria normal também presa dos cinturões de Van Allen. Segundo os pesquisadores, lá pode haver o suficiente para implementar uma nova tecnologia que utilize antimatéria para abastecer futuras naves espaciais.
Partículas de raios cósmicos podem bater em moléculas que compõem a atmosfera da Terra, criando chuveiros de partículas. Muitas das partículas de raios cósmicos, ou “filhas” de partículas que eles criam, são apanhadas nos cinturões de Van Allen, regiões em forma de rosquinha onde o campo magnético da Terra as prende.
Entre as metas do Pamela, estava procurar especificamente um pequeno número de partículas de antimatéria entre as partículas mais abundantes de matéria normal, como núcleos de átomos de prótons e de hélio.
A nova análise mostra que, quando Pamela passa por uma região chamada Anomalia Magnética do Atlântico Sul, vê milhares de vezes mais antiprótons do que seria esperado pelo decaimento normal de partículas, ou em outras partes do cosmos.
Segundo os cientistas, isso é uma evidência que as faixas de antiprótons, análogas aos cinturões de Van Allen, seguram a antimatéria no lugar – pelo menos até que ela encontre a matéria normal da atmosfera, e se “aniquile” em um flash de luz.
“A faixa é a fonte mais abundante de antiprótons próxima da Terra”, disse um coautor da pesquisa, Alessandro de Bruno.
“Antiprótons capturados podem ser perdidos nas interações com elementos atmosféricos, especialmente em baixas altitudes, onde a aniquilação torna-se o principal mecanismo de perda. Acima de altitudes de várias centenas de quilômetros, a taxa de perda é significativamente mais baixa, permitindo uma grande oferta de antiprótons”, explica Bruno.
O cientista disse que, além de confirmar o trabalho teórico que há muito previu a existência dessas faixas de antimatéria, as partículas podem também se tornar uma nova fonte de combustível para futuras naves espaciais, uma ideia explorada pela NASA. [BBC


Um novo estudo demonstrou que a lua pode ser 200 milhões de anos mais nova do que se pensava. Os mistérios da origem da lua se tornaram ainda mais obscuros agora, pois os cientistas acreditam que o satélite pode ter surgido de outra forma ou evoluído de maneira muito diferente do que se teorizou.
Atualmente, a teoria vigente é a de que a lua se formou há 4,5 bilhões de anos, como resultado de um choque titânico entre um objeto do tamanho de Marte e a Terra. Muitos pesquisadores sugerem que a crosta fundida da lua se solidificou depois de apenas alguns milhões de anos, mas nem todos acreditam que ela teria se resfriado rapidamente.
Para saber mais sobre o surgimento da lua, cientistas investigaram amostras de rochas coletadas na lua em 1972 pela missão Apollo 16. Eles se concentraram no anortosito ferroso, que se acredita ser o mais antigo tipo de rocha lunar.


Os pesquisadores determinaram a idade do anortosito ferroso e descobriram que essas rochas lunares foram cristalizadas 4,36 bilhões de anos atrás, bem depois da época em que se acreditava que a lua tivesse sido formada. Isso significa que a lua pode ser significativamente mais jovem do que os pesquisadores acreditavam, ou a noção predominante do resfriamento global de magma pode estar errada.
Um grupo diferente de cientistas sugeriu recentemente que a Terra já teve uma segunda lua que se fundiu com a nossa única atual. “Este cenário pode ter sido responsável pelas variações de idade aparente do anortosito ferroso”, afirma o cientista Lars Borg.
Ainda é incerto o grau de representatividade da amostra da rocha dentro da história geológica da lua. “A ciência lunar é limitada pela quantidade de amostras que temos”, explica Borg. [Space]




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