Uma das imagens mais comuns que ouvi dos vivenciadores de EQM que tinham o perfil do ceticismo/ateísimo foi o de se deparar com figuras horrendas, as quais poderíamos simplesmente chamar de diabólicas: imagens desfiguradas, ameaçadoras, fétidas e repulsivas. As pessoas sentiam-se como que sugadas por uma energia maligna que parecia querer absorvê-la e levá-la para um lugar sabidamente hostil. O individuo, no entanto, era resgatada e enfim refazia o laço de compromisso estabelecido antes da viagem ao mundo físico. O resgate acontecia quando em meio a um inferno de Dante: quente, assustador, pavoroso, interminável, surgia algum parente já falecido, ou um personagem familiar, explicava as regras da vida (ou vidas) e a fazia retornar. Muitas vezes ela via o médico, no seu retorno, dizendo que havia retomado o batimento cardíaco.
Um homem narrou que enquanto recuperava-se de uma cirurgia cardíaca, em uma UTI hospitalar, viu sair, dos cantos das paredes do teto do quarto, imagens assustadorea, de forma física indefinida, que voavam na sua direção como a querer sugar sua energia. Eram, segundo ele, vampiros na sua forma física e cor.(escuros e com dentes enormes) Ele, entubado, não conseguia gritar ou pedir socorro. Foi a aceleração do seu batimento cardíaco que chamou a atenção de médicos que o fizeram dormir através de uma injeção de calmante.
Uma outra mulher, ao entrar em um hospital da rede pública depois de um acidente, viu uma espécie de corredor polonês na entrada do hospital. As duas filas eram formadas por figuras gigantes em forma de morcego. Segundo ela, eles abriam suas asas e abraçavam as pessoas que passavam pelo corredor. Principalmente os mais doentes. E este abraço era um ponto de sucção de energia porque o paciente ficava ainda mais moribundo após ser sugado.
Este relato coincide com algumas crenças religiosas que acreditam ser as redes hospitalares e também prisões lugares de grande concentração de seres que vampirizam vivos.
Ela, uma pessoa espirtualizada, disse que viu os seres em forma de morcegos ameaça-la, mas não atacá-la como fez aos demais. Tais seres, afirmou ela, sabiam que ela andava em boa companhia espiritual. Tratava-se de uma evangélica de igreja tradicional extremamente cordata. Até aquele momento ela não acreditava em vida após a morte ou mesmo no sobrenatural.
Um dos relatos mais impressionantes que ouvi foi de uma mulher que tentou o suicídio e, num estágio avançado do que seria o seu encaminhamento para a morte, viu-se rodeada por dezenas de pessoas as quais sabia que também haviam cometido o suicídio. Tais espiritos, sofridos, relatavam o quanto era doloroso o seu processo de morte e o arrependimento pela decisão. Diziam ainda que ao contrário do que pensavam o suicídio não traria paz, mas apenas amplificaria seu sofrimento físico e também espiritual. Tal mulher pode retornar, claro, posto que falou comigo, e passou a fazer um amplo trabalho social para acolher potenciais vítimas de suicídio.
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