MENSAGEM JÁ DIZ TUDO

Sexta-Feira, 29 de Abril de 2011

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, ¹Jesus apareceu de novo aos discípulos, à beira do mar de Tiberíades. A aparição foi assim: ²Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros discípulos de Jesus.
³Simão Pedro disse a eles: “Eu vou pescar”. Eles disseram: “Também vamos contigo”. Saíram e entraram na barca, mas não pescaram nada naquela noite. ⁴Já tinha amanhecido, e Jesus estava de pé na margem. Mas os discípulos não sabiam que era Jesus. ⁵Então Jesus disse: “Moços, tendes alguma coisa para comer?” Responderam: “Não”.
⁶Jesus disse-lhes: “Lançai a rede à direita da barca, e acha­reis”. Lançaram pois a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa da quantidade de peixes. ⁷Então, o discípulo a quem Jesus amava disse : “É o Senhor!” Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu sua roupa, pois estava nu, e atirou-se ao mar.
⁸Os outros discípulos vieram com a barca, arrastando a rede com os peixes. Na verdade, não estavam longe da terra, mas somente a cerca de cem metros. ⁹Logo que pisaram a terra, viram brasas acesas, com peixe em cima, e pão. ¹⁰Jesus disse-lhes: “Trazei alguns dos peixes que apanhastes”.
¹¹Então Simão Pedro subiu ao barco e arrastou a rede para a terra. Estava cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e, apesar de tantos peixes, a rede não se rompeu. ¹²Jesus disse-lhes: “Vinde comer”. Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor.
¹³Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o peixe. ¹⁴Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

1 -  Os Apóstolos estavam desencantados e sem ânimo. Perderam a esperança maior. Cansativamente trabalharam a noite toda e não pescaram nada. Ou seja, quando não fazemos o que está nos planos divinos, mas somente aquilo que nós consideramos importante, as coisas não tem resultado positivo. Sempre que abandonamos as coisas de Deus, ficamos infrutíferos. Quantas tarefas temos iniciado, mas, não concluído. Quantas iniciativas tivemos e, não lucramos êxito. Se Deus não for o fundamento sólido das nossas ações, certamente as atividades que fazemos não terão seu êxito pleno.  É muito importante que aprendamos a fazer tudo por Ele, com ele e n’Ele.  Precisamos estar vigilantes: Temos uma tentação ou tendência muito grande de declinar das tarefas que nos propomos. Diante de qualquer dificuldade já estamos prontos para saltar do barco da vida . Quantas vezes não passou em nossa cabeça abandonar o barco e dar o fora, sumir de tudo e de todos. Diante do dado dramático da paixão e morte de Cristo, os Apóstolos perderam a coragem, a esperança, o entusiasmo. Voltaram à primitiva atividade de pescadores. E Deus, que é fiel sempre, vai buscá-los novamente, lá no lugar onde eles estavam. Agora, quando formos capazes de fazer o que nos é possível fazer, obedecendo ao comando de Cristo Ressuscitado, tudo terá  efeitos bem diferentes dos ordinários.

2 -  Estar nu é, simbolicamente, estar ainda na condição de pecado. A graça da fé ainda não tinha encontrado ressonância em seus corações. Esta nudez evoca o gênesis: Adão e Eva reconheceram que pecaram ao perceberem a própria nudez. Ficaram “desvestidos”  de Deus. O pecado tira a nossa dignidade de filhos amados. Alguém iria revesti-los novamente: Jesus Cristo ressuscitado. Seriam revestidos pela graça santificante. O Santo Batismo dará a veste nova e, nos devolverá a filiação divina.

3 – Pedro é o grande pregador da Igreja que nos separa das correntes deste mundo; é, pois, necessário que Pedro puxe para terra a rede cheia de peixes, que somos nós. Foi ele quem puxou os peixes para a terra firme da margem, porque foi ele que dá a conhecer aos fiéis, pela sua santa pregação, a imutabilidade da pátria eterna. E fê-lo, quer pelas suas palavras, quer pelas suas epístolas; e continua a fazê-lo todos os dias, pelos seus milagres. Nós somos os peixes apanhados nas redes da fé, que ele puxa para a margem. Não demorará muito e veremos Pedro fazendo lindas pregações sobre a ressurreição de Cristo. Encontramos estas pregações nos atos dos Apóstolos. São maravilhosas.

Oração:

Senhor Jesus,  pescador excelente enviado pelo Pai, pesca-nos cada vez mais com Teu amor que nos reveste de beleza e dignidade. Ajuda-nos a fazer sempre Tua santa vontade. Que nossas ações, Jesus, possam ter êxito porque queridas pelo Teu amor e não por nossas pobres paixões humanas. Defende-nos das frustrações de atividades mal administradas. Provoca-nos para a criatividade. Não nos deixes viver no comodismo das coisas de sempre, feitas sem motivações profundas, sem discernimento. Estimula-nos para iniciativas que qualifiquem nossa  vida de cristãos comprometidos com a transformação do mundo. Não deixe que fiquemos lamentando da vida e das coisas que não deram certo. Ajudai-nos, Senhor, a fazer pescarias milagrosas: pescarias de afeto, de ternura, de acolhida, de perdão, pescaria de autoestima, pescaria de bem viver na família, no trabalho. Não deixe que fiquemos insistindo em lançar nossas redes em lugares de áridos, improdutivos. Indica-nos o lugar oportuno para lançarmos nossas redes. Mostra-nos o caminho da verdadeira felicidade. Ajuda-nos no processo de autossuperação. Que pela Tua graça possamos superar a nudez de conhecimento das coisas sagradas. Que sejamos sensíveis em defender Tua barca, que é a Igreja que fundasTe sobre Pedro, ainda que com tantos pecados de nossa parte. Chama-nos, Jesus, neste Domingo, para comer Contigo a Sagrada Eucaristia, pão feito Carne e vinho feito Sangue, por amor, para nossa Salvação. Amém.

Tenho que desejar-te um abençoado final de semana.

Procures, com tuas atitudes, viver as graças do Senhor, no amor.

Mensagem enviada por padre Renato de Rio Grande do Sul.