terça-feira, 19 de julho de 2011

Espaço e seus encantos....................







Foi descoberto um gigantesco buraco negro, que pesa o equivalente a 6,6 bilhões de sóis – com isso, ele ganha o título de maior buraco negro conhecido.
Ele fica localizado na galáxia M87, felizmente a uma distância considerável (50 milhões de anos-luz), na direção da constelação de Virgem. E ele poderia engolir nosso sistema solar de uma vez só: basicamente, sua largura é quatro vezes maior do que a da órbita de Netuno, o planeta satélite mais distante do nosso Sol.
Para determinar a massa do buraco negro, cientistas precisaram analisar estrelas próximas a ele e a velocidade em que estão orbitando a estrutura.
Suspeita-se que o buraco negro não tenha se alimentado apenas de gás e estrelas para chegar a esse tamanho, mas sim que ele tenha se fundido com outros buracos-negros.
Apesar de seu tamanho impressionante, cientistas acreditam que ele não irá manter o título de maior buraco negro conhecido por muito tempo – novas pesquisas estão sendo feitas e estima-se que, nos próximos 10 anos, novos buracos negros sejam descobertos, e há uma grande possibilidade de haver algum com tamanho suficiente para suplantar o nosso campeão.







Netuno está prestes a comemorar seu primeiro aniversário, que caíra em 12 de julho, completando um ano netuniano – ou 164,79 anos terrestres – desde a sua descoberta, em 24 de setembro de 1846.
Conhecendo-o há tanto tempo, porque ainda sabemos tão pouco sobre o planeta distante?
4,4 bilhões de quilômetros distante da Terra, Netuno foi o primeiro planeta do sistema solar a ser descoberto deliberadamente.
Após a classificação do planeta Urano, na década de 1780, os astrônomos estavam perplexos com sua órbita estranha. Eles chegaram à conclusão de que, ou as leis de Isaac Newton eram fundamentalmente falhas, ou outra coisa – um outro planeta – estava puxando Urano de sua órbita prevista.
E assim a busca pelo oitavo planeta começou. Não foi até a teoria do matemático francês Urbain le Verrier ser testada no observatório de Berlim por Johann Gottfried Galle que o planeta foi visto pela primeira vez.
Netuno foi observado na noite de 23 de setembro de 1846. Verificou-se que ele estava quase exatamente onde le Verrier previu que estaria. Independentemente, o cientista britânico John Couch Adams também produziu resultados semelhantes, e ambos foram creditados pela descoberta.
Mas muitos afirmam que eles não foram os primeiros a documentar o planeta, mas sim o famoso astrônomo e matemático Galileu. Em sua famosa obra “O Mensageiro das Estrelas”, algumas evidências apontam para sua descoberta.
Especialistas dizem que se você olhar para os desenhos de janeiro de 1613, verá um fantástico de Júpiter e suas luas. Inclui ainda um objeto rotulado como “estrela fixa”, que seria o primeiro desenho telescópico do planeta Netuno.
Polêmicas à parte, comparativamente, muito pouco é conhecido sobre o planeta. Parte do problema é que não há nenhuma maneira dele ser visto a olho nu, e até o telescópio espacial Hubble tem dificuldades em observá-lo.
Então como ele é? Segundo os astrônomos, como um pedaço congelado de gases também congelados. Não deve ser um lugar amigável.
Uma das coisas mais interessantes sobre Netuno é o tempo. “Céu nublado com chances de chuva de metano” seria uma das descrições possíveis. Ventos podem chegar a 1.930 quilômetros por hora, criando tempestades inimagináveis na Terra. Essas tempestades enormes são vistas como manchas escuras de uma forma semelhante à Grande Mancha Vermelha de Júpiter (e ainda existe a Grande Mancha Branca de Saturno, mais uma tempestade forte demais para nossos cabelos).
A razão pela qual os astrônomos sabem tão pouco sobre o planeta é que ele só foi fotografado uma vez de perto, na missão Voyager 2 em 1989.
E como suas estações duram 40 anos terrestres, só a primavera o e início do verão foram estreitamente documentados em Netuno.
A partir de 1989, Netuno começou a ser observado constantemente por telescópios grandes, e cada vez apresenta uma surpresa diferente. Tempestades foram aparecendo, se formando e mudando muito mais rapidamente do que se pensava anteriormente. Hoje, estamos olhando para um planeta muito diferente da foto tirada pela Voyager 2.
Entretanto, a chance de descobrir mais sobre o planeta ainda está muito longe. Missões da NASA para Netuno estão fora de questão no momento – como um lançamento até lá anteriormente previsto para 2016, que nem figura mais na lista de missões da agência – devido a restrições orçamentárias. As prioridades são outras (mesmo que nunca tenha havido uma missão para lá).
Mesmo a missão New Horizons, enviada para descobrir mais sobre Plutão e os confins do sistema solar, que passará pela órbita de Netuno em 24 de agosto de 2014, não foi organizada para acompanhar de perto o planeta.
Em vez disso, fotos estão sendo tiradas de Netuno e sua lua para testar equipamento de imagem e não para quaisquer fins científicos mais importantes.
Ainda assim, feliz aniversário, Netuno! Embora acender 164 velas sob um vento tão forte não deva ser uma boa ideia.[BBC]





Marte, o quarto planeta a partir do sol, recebe seu nome em homenagem ao deus romano da guerra (e graças à sua cor de sangue-ferrugem).
Do ponto de vista exploratório, o apelido é apropriado: Marte lutou contra a maioria dos nossos avanços científicos. Mais da metade das naves espaciais enviadas para estudar o planeta vermelho (que foram mais de 40) fracassaram, algumas se perderam no espaço, e outras desmoronaram na superfície do planeta.
Apesar disso, nossa curiosidade sobre Marte nunca diminuiu. Várias missões continuam insistindo no planeta dos potenciais marcianos (uma de uma nave chamada Curiosidade, inclusive).
Os cientistas esperam que essas novas missões ajudem a responder velhos mistérios desse mundo, que incluem:
Morada da vida?
Não há como falar sobre Marte sem levantar a questão da vida. Muitos cientistas consideram o planeta vermelho o lugar mais provável em nosso sistema solar em que a vida extraterrestre poderia ter se desenvolvido uma vez – ou mesmo ainda existe. O que todo mundo quer saber é: o planeta já abrigou vida?
Hoje, e na maior parte de sua história, Marte é um mundo frio, seco e desolado. Mas várias linhas de evidência apontam que o planeta já foi quente, úmido e muito mais parecido com a Terra – isso cerca de quatro bilhões de anos atrás, no início de sua vida.
Para criar vida, é necessária água. E adivinhem? Sinais indicam que Marte já foi absolutamente encharcado. Minerais na sua superfície, tais como sulfatos e argilas, só poderiam ter se formado na presença de água.
Muitas características geológicas sugerem que grandes torrentes de água fluíram no planeta. Uma enorme quantidade de água ainda existe em Marte, mas congelada e afastada (nas calotas polares), como permafrost e gigantes geleiras subterrâneas recém-descobertas.
Evidências de vida microbiana marciana já vieram em muitas formas: uma experiência contestada na década de 1970; um famoso “meteorito marciano”, recuperado na Antártida, com estruturas estranhas que alguns pesquisadores interpretaram como minúsculos fósseis preservados na rocha que decolou de Marte; e baforadas de metano na sua atmosfera fina que poderiam ter uma origem biológica.
De quente e úmido a frio e seco
O próximo grande mistério sobre Marte é: o que aconteceu? Marte era quente, molhado e interessante apenas 500 milhões a um bilhão de anos atrás. E daí a diversão simplesmente acabou?
Futuras missões de exploração em Marte levarão equipamentos mais sensíveis para ajudar a responder as perguntas inter-relacionadas sobre a vida e a mudança gritante de condições no planeta vermelho.
A NASA vai pousar em Marte no próximo verão do hemisfério norte e começar a analisar rochas enviando imagens a Terra para estudo. Além disso, a Agência Espacial Europeia está preparando uma nave para um lançamento ao planeta em 2018. Uma missão de recolha de amostras de solo e rochas de Marte tem sido considerada, mas ainda não está programada.
Pouco a pouco, os cientistas esperam responder se Marte já teve uma atmosfera espessa, e também como a atividade geológica e o vulcanismo influenciaram o planeta ao longo das eras. Afinal, Marte é a casa do Vale Marineris, um dos sistemas cânions mais longos conhecidos, e de Monte Olimpo, o maior vulcão do sistema solar.
Dois hemisférios muito diferentes
Marte é muito diferente de norte a sul: as planícies mais jovens com poucas crateras predominam no norte, enquanto montanhas antigas cheias de crateras caracterizam o hemisfério sul. O hemisfério norte também é em média de 5 quilômetros menor do que o sul. Como?
A melhor aposta para a “dicotomia hemisférica” de Marte é um impacto gigante que deve ter ocorrido no norte a partir de um corpo do tamanho de Plutão quatro bilhões de anos atrás. Se a teoria estiver correta, isso significaria que 40% do norte de Marte é na verdade uma cratera de impacto. Isso daria ao planeta outro superlativo geológico: a maior cratera de impacto do sistema solar.
Luas engraçadas e irregulares
Marte tem duas luas pequenas, em forma de batata, chamadas Fobos e Deimos. Em muitos aspectos, incluindo tamanho, forma, cor e composição aparente, as luas parecem ser asteroides capturados pela gravidade rebelde de Marte. Mas o fato de que Fobos e Deimos têm órbitas circulares em cima do equador de Marte desafia esse conceito.
Seria muito improvável que dois asteroides capturados tivessem essa trajetória e história subsequente para se resolver em tal arranjo orbital. Como Fobos e Deimos realmente chegaram a Marte permanece um mistério.
As luas poderiam ter se formado a partir de material retirado de Marte por um impacto, assim como nossa lua, e mantiveram uma forma irregular porque lhes faltava a massa e gravidade correspondente para se tornarem esféricas.
Também, nas décadas de 1950 e 1960, nasceu a especulação que Fobos e Deimos pudessem ser artificiais – mas isso já foi desmascarado, juntamente com todos os outros rumores marcianos sobre irrigações, canais, rostos humanos esculpidos em rochas e pequenos homens verdes com armas de laser.[Space]



O planeta Júpiter tem um nome justo, em homenagem ao rei dos deuses na mitologia romana: sendo o maior planeta do sistema solar, se todos os outros objetos (com exceção do sol) fossem esmagados juntos, iriam caber dentro de sua esfera.
Adequar o tamanho do gigantesco Júpiter é apenas um dos muitos desafios científicos que cercam o planeta.
No início de agosto, a NASA vai lançar uma missão até Júpiter, chamada “Juno”, uma nave espacial que vai chegar ao planeta em 2016 e ajudar a desvendar seus maiores mistérios, que incluem:
Faixas de nuvens e tempestades
Júpiter parece um ovo de Páscoa (e não estamos falando daquele de chocolate, mas os tradicionais ovinhos pintados) cuidadosamente tingido.
Tons mais leves, chamadas zonas, e tons mais escuros, chamados cintos, alternam-se no mundo maciço. Quão profundas essas características são, no entanto, é totalmente incerto.
“Não sabemos se as zonas e cintos são apenas uma característica de superfície, e por dentro, Júpiter está rotando como um corpo sólido”, disse Scott Bolton, principal pesquisador da missão Juno. Alternativamente, Júpiter poderia ser uma série de cilindros concêntricos, e o que vemos são seu começo, como zonas e cintos.
As listras são conhecidas por desaparecer sem deixar nenhum rasto. Uma delas, com o dobro do tamanho da Terra, desapareceu em maio de 2010. Por que as listras permanecem separadas e somem e reaparecem não está bem explicado, nem mesmo como as zonas e cintos obtêm suas cores distintas.
Grandes vórtices agem como redemoinhos na atmosfera de Júpiter, mas estes também não são bem compreendidos. A “Grande Mancha Vermelha” é a mais reconhecida destas tempestades, tendo sido observada há mais de 300 anos. “Nós não sabemos o que está alimentando essa coisa”, disse Bolton.
Juno vai fazer medições de temperatura de todo o planeta para fazer um modelo atmosférico mais regular de Júpiter.
Onde está a água?
Juntamente com Saturno, e a grande maioria dos exoplanetas detectados até agora, Júpiter é classificado como um gigante gasoso – ou seja, uma grande bola de hidrogênio e gás hélio, os dois elementos mais comuns em estrelas e no universo. A maioria dos restos do sol e da formação do sistema solar acabou em Júpiter.
No entanto, as quantidades de elementos mais pesados, como carbono, nitrogênio e enxofre flutuando entre nuvens de Júpiter são estranhamente superiores às encontradas no sol. Os cientistas pensam que a água na atmosfera de Júpiter poderia ter ajudado a enriquecer o planeta com esses elementos. Conforme a água congela, ela capta materiais dispersos, e Júpiter poderia ter engolido muitos desses pedaços.
Mas o problema é que a água não foi encontrada nas concentrações esperadas no planeta. Juno vai procurar sinais de água para ajudar a explicar por que Júpiter tem sua composição distinta.
Descobrir isso, por sua vez, vai ajudar a entender como os pedaços menores do sistema solar apareceram. “O objetivo principal de Juno é entender os fundamentos de como o sistema solar se formou e como os planetas foram criados”, disse Bolton. “Estamos tentando descobrir a receita para fazer planetas, e estamos ainda na lista de ingredientes”, explica.
O núcleo
Pesquisadores ainda não sabem direito como é o núcleo de Júpiter, mas acreditam que talvez seja feito de rocha superaquecida sob alta pressão.
“Os modelos dizem que a massa do núcleo de Júpiter tanto pode ser zero quanto pode ser vinte massas da Terra, e isso é devido à falta de dados”, conta Bolton.
Juno vai ajudar a preencher os espaços em branco fazendo medições de gravidade, o que deve indicar a distribuição de massa no interior profundo de Júpiter.
Show de luzes
Júpiter possui o mais forte campo magnético do sistema solar, com exceção do sol. Pesquisadores acreditam que esse campo é gerado por uma camada de hidrogênio altamente comprimida, que desenvolve propriedades líquidas metálicas no fundo de Júpiter.
A estrutura que o campo magnético forma – chamada de magnetosfera – conforme o “vento solar” de partículas carregadas passa é verdadeiramente titânica.
“A magnetosfera de Júpiter é sem dúvida a maior estrutura em todo o sistema solar”, diz Bolton (tirando a “heliosfera”, o vento solar em torno do sol). A magnetosfera é arrastada até a órbita de Saturno.
Auroras, como as nossas, embora imensamente mais poderosas e com características notadamente diferentes, brilham nos polos de Júpiter. Juno, que irá circundar o planeta em uma órbita polar, terá uma excelente vista delas, ajudando a desvendar os mecanismos dos redemoinhos magnéticos de Júpiter.[Life'sLittleMysteries]



Há algum tempo, cientistas americanos têm observado pequenos “filamentos de rádio” na galáxia, ou seja, pequenas emissões radioativas no espaço, sem uma explicação plausível. Agora, uma nova teoria surge para explicar esse fenômeno e ainda dar suporte a outra teoria: tais emissões seriam resultantes do choque interno de matéria escura, ou matéria negra, que em tese seria a matéria que “originou” todo o universo.
A teoria que cita a matéria escura não é nada recente: as primeiras observações nesse sentido datam da década de 1930. Foi nos anos 80, contudo, que se observaram os primeiros filamentos de radiação em nossa galáxia, mas até pouco tempo não se imaginava a razão dessas emissões.
A nova explicação para o fenômeno foi formulada pelo Laboratório Fermilab, em Chicago (Illinois, EUA). Basicamente, o que aconteceria é o seguinte: a matéria escura não é uma coisa só, mas numerosas partículas de diferentes tipos, que os cientistas ainda se esforçam para descobrir se podem ser definidas como matéria negra ou não. A matéria escura, como um conjunto, interage com o “resto” do universo de forma gravitacional (ou seja, cria uma espécie de campo magnético que incide sobre os astros), e é composta de elétrons que estão constantemente em choque uns com os outros. Deste choque, resultariam as tais emissões.
Os cientistas observaram que esses filamentos são aparentemente mais “brilhantes” conforme se aproximam do centro da galáxia. A explicação para isso, segundo os astrofísicos, não seria que essas emissões teriam realmente mais brilho, mas sim porque estariam interagindo com mais matéria escura, o que daria suporte a toda a teoria.
O que existe são várias partículas espaciais, não totalmente definidas em sua forma e características, que seriam “candidatas” a ser parte do que se chama matéria negra, mas ainda faltam comprovações. Assim, pode haver matéria escura por toda parte, mas ainda não se sabe. A partir das observações do telescópio da Fermilab, os astrofísicos estão tentando definir melhor os conceitos em busca de explicações mais sólidas. [BBC]



Essa foto, tirada no último dia 30 de junho, mostra o panorama noturno de uma bela baía em Izmir, na Turquia. Mas o que chama atenção é o cenário de céu nesta foto. Observe os dois corpos celestiais presentes. À direita, uma fina silhueta da lua crescente. Um pouco mais abaixo, um pequeno ponto brilhante: é o planeta Vênus.
A fotografia foi tirada durante a madrugada, antes do sol aparecer no horizonte. Nesta ocasião, Vênus é chamado pelo nome autoexplicativo de “estrela da manhã”. Esse fenômeno, em que um objeto maior é visto no céu em tamanho menor, é chamado de “ocultação”. Ao mesmo tempo em que isso ocorria, a lua estava vivendo sua última noite como crescente e preparava-se para a mudança de fase.
E o nosso satélite natural, que ficava visível no céu até quase a hora da alvorada, inverte o funcionamento: passará a ser vista logo após o pôr do sol do dia anterior. E o ciclo se repetirá na próxima troca de fase lunar.[NASA]

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