sábado, 9 de julho de 2011

TUMBA MAIA É FILMADA POR DENTRO

Uma tumba maia com cerca de 1500 anos foi filmada por pesquisadores. Essas novas imagens feitas por arqueólogos podem lançar uma luz sobre a civilização maia, que ainda instiga uma série de dúvidas e mistérios.
Localizada em Palenque, no sudeste do México, a tumba foi vasculhada por uma minúscula câmera de vídeo. As imagens capturadas incluem figuras negras e vermelho-sangue que estão estampadas nas paredes e fragmentos de conchas e jade. Os pesquisadores acreditam que esses elementos fizeram parte de um ritual funerário.
A tumba em Palenque foi descoberta em 1999, mas ela não foi devidamente explorada na época porque os arqueólogos estavam com medo de prejudicar a antiga e frágil estrutura da pirâmide. Outro cuidado foi com os restos mortais de uma pessoa que possivelmente foi importante na antiga cidade maia, e que se encontra dentro do gabinete.
Palanque não é um local de fácil acesso. A cidade teve seu auge na época maia, mas após seu declínio, durante o século VIII d.C., ela foi engolida pela selva. Nas últimas décadas, a cidade foi amplamente explorada, mas ainda há muito a ser descoberto.
A pesquisa teve condições de acontecer agora porque os arqueólogos utilizaram uma minúscula câmera que foi dirigida por controle remoto e que manteve a estrutura da tumba intacta.
Ao contrário das outras tumbas de Palanque, o sarcófogo foi encontrado. Os pesquisadores acreditam que ele pertenceu ao primeiro governante de Palanque, K’uk Bahlam I ou a Ix Yohl Ik’nal, governante da cidade do sexo feminino. Como é grande número de tumbas em Palanque, há indícios de que a cidade teria sido uma espécie de cemitério maia.












Um longo túnel selado foi encontrado sob as ruínas de Teotihuacan, no México, e as câmaras que parecem se ramificar podem conter os túmulos de alguns dos primeiros governantes da antiga cidade.
Especialistas dizem que uma tumba descoberta seria significativa, porque a estrutura social de Teotihuacan permanece um mistério após quase 100 anos de exploração arqueológica no local, que é mais conhecido pelas Pirâmides da Lua e do Sol.
Nenhuma representação de um governante ou o túmulo de um monarca foi encontrada na cidade, o que diferencia a metrópole das outras culturas pré-hispânicas que divinizaram os seus governantes.
Os arqueólogos tinham suspeitado que houvesse um túnel escondido lá depois de uma tempestade em 2003 que fez a terra afundar-se ao pé do Templo de Quetzacoatl, na área central das ruínas ao norte da Cidade do México.
Desde o ano passado eles começaram a cavar e, após oito meses de escavações, atingiram o teto do túnel 12 metros abaixo da superfície. Eles baixaram uma pequena câmara no corredor de 4 metros de largura, que havia sido esculpido na rocha no início da história de Teotihuacan, e tiveram a primeira visão do espaço que eles dizem ter sido intencionalmente fechado entre 200 e 250 D.C.
Os arqueólogos acreditam que o túnel era o elemento central em torno do qual o resto do cerimonial foi construído. Provavelmente era o lugar mais sagrado. A câmera mostrou que o túnel parece se estender cerca de 37 metros antes de ser bloqueado por uma parede ou um monte.
Imagens scanner mostraram que o túnel se estende para além do bloqueio e termina em uma grande câmara que mede 10 metros de cada lado, encontrando-se quase diretamente abaixo do templo.
Todos os sinais apontam para que seja a tumba de um governante, incluindo as ofertas dos ricos atiradas no túnel no momento em que foi fechado: quase 50 mil objetos de jade, pedra, conchas e cerâmica, incluindo taças de cerâmica de um tipo nunca encontrado antes no local.

O complexo de pirâmides, praças, templos e avenidas já foi o centro de uma cidade de mais de 100.000 habitantes, que pode ter sido a maior e mais influente cidade pré-hispânica da América do Norte na época.
Quase 2.500 anos depois que a cidade foi fundada, e cerca de 2.100 anos após a cultura Teotihuacan começar a florescer, a identidade de seus governantes permanece um mistério. A cidade foi construída por uma cultura relativamente pouco conhecida, que alcançou seu apogeu entre 100 A.C. e 750 D.C. Ela foi abandonada quando os astecas chegaram à região em 1300 e lhe deram o nome de Teotihuacan, que significa “lugar onde os homens se tornam deuses”.
Como não há imagens, nomes ou outras referências aos governantes nos ricos murais e esculturas em pedra de Teotihuacan, alguns especialistas sugerem que a cidade pode ter tido uma liderança compartilhada, com governantes alternando entre seus quatro distritos.
Até o presente momento, os arqueólogos não encontraram nada, mas a possibilidade não é descartada. É necessário pelo menos mais dois meses de escavação antes que os arqueólogos possam realmente entrar no túnel

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