quinta-feira, 19 de maio de 2011

AMIGOS DE CORAÇÃO...............................

Resolvi postar algo diferente desta vez,nova visão da vida, sinceridade, estou ficando farta de tanto pessimismo, e fim de mundo, e terrorismo, e homofobia etc.. e tal.
Vamos mudar o tom, colorir um pouco mais nossas vidas com fatos edificantes, vamos lembrar que somos humanos e por tanto capazes de sentimento surpreendentes.
Amigos do coração é na verdade uma coletânea de contos reais, comoventes, engraçados, envolventes, vividos por gente como a gente..................espero que gostem.




O gato e meu avô:
        Meu avô veio morar em nossa casa por volta dos anos noventa, estava na época com 76 anos, mas muito ativo que era ,fazia questão de trabalhar, no principio confesso que tinha medo dele, daquele homem muito alto, com um vozeirão e passadas largas, mas logo me acostumei.Minha mãe sempre dizia ' o dia que papai cair de cama não levanta mais' tão forte parecia ser  , ele e o gato da vovó que nos ficou de herança ,um dia porem meu avô caiu na firma que fazia alguns serviços ,para na verdade matar tempo, por que ja estava aposentado a muito tempo, foi levado para o hospital, a contra gosto ,diga-se de passagem. Apos uma serie de exames veio a confirmação, meu avô tinha câncer de intestino, e estava morrendo silenciosamente, foram muitos dias de hospital, mas logo ele voltava e quando chegava em casa a primeira coisa que agarrava no caminho para seu quartinho, era o gato da vovó, quando ja não podia busca-lo pedia para que alguem o trouxesse , nosso gato era muito alegre ,brincalhão do tipo que subia ate nas cortinas, mas quando estava com meu avô, parecia entender , logo se aninhava sobre seu colo e ali ficava ronronando, ate  meu avô dormir, nos últimos dias vovô quase não acordava , devido aos fortes remédios, foi nesta época que nosso gato começou a se dirigir ao quarto por suas próprias patas, e ali permaneceu ate o fim.Poucas horas antes de partir meu avô aninhou o gato em seu colo, alisou se pelo macio, e ambos ficaram ali ,numa espera final. Depois da morte de vovô vi minha mãe com o gato no colo varias vezes,agradecendo tudo o que ele tinha feito por nos, naquela época tão triste e penosa de nossas vidas.








Minha querida Lorelay:

     Foi em 1993 que decidi comprar um cãozinho,naquela manhã de Sabado fui ao mercado,antes porem passei no Petshopping para ver quais os novos bichinhos tinham por lá ,foi quando vi uma caixa de papelão no canto da loja, olhei e la estava ela ,cachorrinhos para doação, seus irmão ja foram disse o veterinário, só
 restou ela,logo seu dono vira busca-la,tive pena neste momento ao vela tão sozinha naquela enorme caixa que disse: Vou leva-la , a senhora que sabe mas é vira lata, não prefere um cão de raça.Mas nada me fez mudar, e comprei comida e tudo que ela podia precisar ,ate uma cama cor de rosa.Os primeiros dias foram difíceis  a cama ficou para traz ,Lorelay passou a dormir nos pés todas as noites, ela cresceu rápido, mas sempre foi muito quieta, e tímida,sei que ate os animais tem personalidade, mas resolvi averiguar se tudo
 estava bem ,aparentemente sim, apesar de Lorelay ter uma disfunção congênita no coração,passou a tomar remédios e tudo ficou bem, ate mais animada ela me parecia, eu saia todas as tardes para o trabalho e retornava por volta das 19:30, quando chegava em casa logo acendia meu abajur , que ficava ligado muitas vezes ate de manhã, porem naquela noite, notei que Lorelay estava agindo de forma estranha, não arredava da sala , nem para comer queria sair dali, fiquei ate brava com ela, por que comeu tão rápido que espalhou comida pelo chão, apos a novela fui para meu quarto, tomei banho , ja estava na cama e nada dela vir , pensei que estava esperando meu filho que chegaria da faculdade em breve, adormeci, quando dei por mim Lorelay latia desesperadamente e corria de um lado para outro, resolvi ver o que era, fui tomada pelo maior susto,o abajur estava em brasas e o fogo corria pelo fio ate atingir o tapete , tentei apagar com uma vassoura, foi pior só espalhou mais, a luz apagou , por que caiu a energia , tudo ficou escuro , so as chamas brilhavam ,abri a porta da frente mas não encontrava Lorelay, busquei agua e encharquei o tapete, quando meu filho chegou estávamos eu e ela assustadas na varanda, graças a ela não morri dormindo, sufocada pela fumaça do tapete, a horas ele tentava me avisar que algo estava errado.
        Alguns anos se passaram apos este dia, Lorelay ja não faz parte do contexto do meu dia a dia, mas sua lembrança esta sempre presente, no lugar do abajur coloquei sua foto e um brinquedo, seu  favorito



Labrador no hospital:





Alguns meses atrás, sofri uma parada respiratória, entrei em coma profundo, e vivi uma experiência muito gratificante, tudo começou com o convite de alguns amigos para uma cerveja depois do trabalho, naquela tarde comecei a me sentir cansado e sonolento,achei que tudo logo passaria, mas estava enganado, seis horas da tarde procurei sair a francesa, mas infelizmente, ou felizmente fui visto por meus amigos que me arrastaram para um barzinho próximo do trabalho.Quando entrei estava bem cheio e senti um certo desconforto, pedi logo uma cerveja e tentei descontrair,depois de alguns goles comecei a me sentir confuso,e sei que cai pelo lado do balcão,por que senti o chão frio no meu rosto, o que me lembro depois é de estar caminhando pelo corredor de um hospital,via as pessoas desfocadas ao meu lado, quando literalmente fui atropelado por um enorme cão da raça Labrador, marrom chocolate, ele passou por mim,e quando digo passou , quero dizer que me atravessou, e seguiu a diante, curioso com toda aquela situação fui atrás dele, logo o avistei, estava sentado  na entrada de um quarto, dentro haviam algumas pessoas,ao redor da cama de um senhor de idade ,lembro nitidamente deste momento, daí para frente não sei dizer o que aconteceu, por que acordei em uma CTI ,cheio de tubos e aparelhos a minha volta, ouvia alguém falar a minha esposa que tive uma parada respiratória, que ficaria em observação ate segunda ordem,nos dias que se seguiram, sei que sai andando pelo hospital e revi o mesmo cão , mas desta vez ele estava acompanhado pelo paciente que vi na cama, pareciam muito felizes, o senhor ate olhou bem nos meus olhos, quando subitamente fui despertado pela voz de uma enfermeira, dias vivi esta confusão de realidades, mas as coisas foram voltando ao normal, recebi alta finalmente, porem antes de sair fiz questão de ir ao quarto que vi em meus sonhos, ou seja la o que vivi, quando dobrei o corredor vi que o quarto estava vazio, apenas uma senhora recolhia alguns pertences ,indaguei do senhor, ela contou que ele havia morrido, lamentei, mas não contive minha curiosidade e perguntei sobre o cão, ela ficou espantada , então contei minha experiência , ela chorando contou-me que Bob o cão ja havia morrido alguns anos, mas que ultimamente seu marido voltara a falar muito sobre ele.









Querida Timão:
Alguns anos atrás recolhi uma cadela de rua, que vivia perambulando pela frente da minha casa, sempre sentia muita pena dela, principalmente por que a cidade é bem fria no inverno e também chuvosa, mas tive uma ajuda do destino para tal atitude, naquela tarde saia de carro com minha filha de três anos, quando fui abordada por um rapaz , que no primeiro momento parecia um pedinte, a cadela a qual havia batizado de Timão ,por que me lembrava muito do desenho Pumba e Timão estava do outro lado do carro,muito dócil que era , abanava o rabo para minha filha ,que sorria por causa disso, quando o jovem se aproximou de mim, antes mesmo que pudesse falar, Timão partiu para cima dele ferozmente,com o susto ele deixou cair da sua manga um canivete tipo estilete, com o qual com certeza iria me assaltar,o jovem saiu correndo quando acionei o alarme da casa,Timão ficou ao meu lado abanando seu rabo, e parecia sorrir, como que dizendo ,viu eu te salvei do bandido, naquele momento não pensei duas vezes recolhi Timão para dento do portão, hoje infelizmente não estamos mais juntas, porem serei eternamente grata a esta amiga do coração.







O adeus de Oscar:

Durante muitos anos vivemos em companhia de nosso velho amigo Oscar, de porte médio, amarelo queimado, nariz marrom ,parecia adorar fazer posse para as fotos, as vezes parecia ate ensaiar um sorriso, ele tinha uma mania terrível, adorava dormir dento do armário da sala, aquele que geralmente fica perto da porta de entrada, onde guardamos nossos casacos de inverno, capa de chuva, etc..La que Oscar dormia todo enrolado em seu cobertor, como saiamos cedo para trabalhar ,ele fazia uma recepção de bom dia , petiscava umas guloseimas de  café da manhã, saia para o pipi e  aproveitar o dia, mas se estivesse muito frio lá fora,voltava para mais uma soneca,mas nunca antes de lamber minha mão em um gesto de tchau, durante anos este foi seu ritual, ele envelheceu e não nos demos conta, fazia as mesmas coisas mas agora com dificuldade, naquela manhã, levantei como de costume ,confesso que senti medo de não encontrar meu amigo esperando na escada, mas ele estava lá, cansado e ofegante, ofereci lhe petiscos, mas ele não quis, apenas ficou me olhando tomar café, lambeu minha mão e voltou para o armário, sai fui ate o portão, como estava frio voltei para pegar meu casaco no armário do Oscar, quando entrei falei para ele: voltei amigão, me da licença para pegar o casaco, então percebi que estava morto............ não fui trabalhar, sei que ele levantou apenas para se despedir de mim, que foi seu esforço de adeus.Enterrei seu corpo no fundo do quintal,retirei o armário e pedi para minha esposa pendurar fotos dos bons momentos que vivemos com este nosso bom amigo no lugar, sempre que entro ou saio, posso ve-lo em meu coração.







Juca e o pato:
Juca é um rapaz simples, vive em seu sitio no interior de Santa Catarina, como tudo fica meio perto, ele costuma ir ate a cidade com sua mobilete, e seu amigo pato, quando eles chegam , todos saem para ver tal coisa, normalmente o pato vem voando ao lado de Juca, mas quando cansa pega uma caroninha em seu ombro. Tudo começo quando os patinhos nasceram, um deles estava machucado, e era bem pequeno, foi separado dos irmãos e criado pela família, desde então se apaixonou por Juca, com uma amizade sincera e caprichosa, segue o Juca onde ele vai, quando não o deixam entrar ele espera na porta : conta a mãe de Juca.Ate para namorar o pato acaba aparecendo, só a noite é que Juca tem uma folguinha para ir ao baile, claro que o pato fica preso em casa no seu quartinho....................

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