quarta-feira, 4 de maio de 2011

CONTOS DE ARREPIAR........................


_ Conto: O bradador
Tudo começou nas férias, quando viajei com minha família para a fazenda de velhos amigos no interior. O lugar era muito lindo, apesar de ser cercado por mata densa, mas isso não me incomodou, após muito tempo trabalhando sem férias, tudo estava bom para mim. Apos alguns dias já havia descansando o bastante para perceber certa tensão no ar, foi quando tudo aconteceu, por volta das dezoitos horas eu e minha mulher estávamos na janela , quando ouvimos um brado de lamento vindo do meio do mato, ficamos intrigados com tal som, foi quando a dona da casa nos alertou que de tempo em tempo isso acontecia, que no local os mais velhos comentavam que se tratava de um bradador, espírito que grita e se lamenta nas matas,aterrorizando os mais incautos, e que ser for provocado responde de forma irada, minha primeira reação foi duvidar e ridicularizar o caso,argumentei que obviamente se tratava de alguém brincando com o medo dos moradores , então iniciei algo que ao meu ver não passava de brincadeira inocente,o tal bradava na mata e eu respondia com outro grito na janela, todos os que estavam ali pediam que eu parasse, mas eu irredutível, queria provar que tudo era bobagem, então minha mulher me alertou que os brados estavam mais próximos ,na minha estupidez não liguei,dizia :Vocês são muito medrosos, e ria, quando os brados param, eu fiquei todo cheio de moral, mas neste instante o brado saiu da terra em baixo da janela, que os vidros ate tremeram, o susto foi tão grande que cai pra trás .
Relatado por Jango,motorista de ônibus rodoviário.


_Conto: O monstro da estrada
Estava trabalhando aquela noite fazendo a rota Curitiba – Tibagi sou motorista já faz muito tempo, mas nunca havia visto em minhas viagens o que vi naquela noite. Saímos de Tibagi e tudo estava bem eu e meu auxiliar, motorista reserva, estávamos conseguimos nos manter no horário, o que é muito bom para um motorista, a estrada é muito escura, tem poucas casa, quase nenhum movimento a noite, já havíamos saído da rodoviária uns  vinte minutos, quando deu um enguiço no carro, não podíamos passar de trinta por hora, avisamos os passageiros que tocaríamos ate o posto policial do Purunã, onde outro carro nos apanharia, passamos o radio e tudo ia sobre controle ate um passageiro agitar-se, neste momento então meu companheiro de direção deu um grito,vimos através da claridade dos faróis um ser medonho que seguia pelo acostamento, como o carro estava muito lento ele passou a nos acompanhar lado a lado na altura da porta pelo acostamento, todos os passageiros o viam ,principalmente seus olhos que pareciam brilhar em tom vermelho, amarando como uma cobra amarra um sapo.O ser era alto e muito magro,sua pele outros diziam que eram longos pelos escuros, os braços longos terminavam em grandes garras, parecia ter orelhas de morcegos e focinho de cão com dentes, nos acompanhou por uns quinze minutos, o que nos pareceu uma eternidade, meu companheiro teve uma sincope nervosa e foi socorrido no posto do Purunã, o alarde foi geral,o povo quase enlouqueceu os policiais ,isso tudo virou manchete nos principais jornais de Curitiba e meu companheiro tirou férias.
Publicado no Diário do Paraná e outros na época.

_Conto : O gigante

Naquela noite sai da aula e fui papear com alguns amigos, já estava tarde então segui para casa, a maioria das casas já estavam fechadas com as luzes apagadas, nunca fui medroso, mas confesso que naquela noite não me sentia confortável, mas segui tranqüilo para casa como de costume a pé, a casa de meus pais não ficava longe do centro e na época a cidade era tranqüila, a noite estava fria e a bruma já começava a subir, caminhar rápido era difícil, pois o frio doía o nariz e a respiração virava vapor, foi quando avistei adiante um homem parado em baixo do poste de luz, de terno escuro, bem alinhado e chapéu, confesso senti medo daquela figura estranha, devia ter passado quieto no meu canto, mas quanto mais me aproximava, mais rápido meu coração batia, quando cheguei à frente dele, dei boa noite, ele apenas levantou a cabeça e me disse: Não mecha com que está quieto, e cresceu na minha frente ate a altura do poste de luz, virou um gigante, o que aconteceu depois não sei, o pânico me tomou por completo, quando dei conta de mim estava no portão de casa.
Relatado por Ivan Lambertucci, bacharel em direito.   

_Conto: Luz violeta

Era noite de verão, muito quente na minha cidade, que fica próxima ao litoral, eu e meu marido saímos para dançar, voltamos já estava tarde, mas mesmo assim no litoral é costume caminhar a pé tarde da noite, vínhamos pela rua conversando tranquilamente, quando percebi que a camisa branca do meu marido estava ficando lilás e como ela tudo em volta, ele também percebeu, ficamos gelados, sabíamos que a luz vinha de cima, mas não tínhamos coragem de olhar, nossa casa estava perto, corremos até uma grande arvore próxima, quando a luz nos seguia passava sobre a arvore ,eu via as luzes que passavam entre as folhas, saia de cima da arvore e fazia uma volta pelo quintal da casa ao lado da minha, parava sobre o cachorro que dormia enrolado no chão, fez isso três vezes, foi quando meu marido me arrastou pela mão e corremos ate a nossa varanda, a luz vindo na nossa direção, finalmente entramos na sala, e a luz varreu minha casa, podíamos vê-la pelos vidros, vasculhou meu quintal e sumiu.
Relatado por Domingos e Shirley Matoso,Paranaguá Pr.

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