sexta-feira, 6 de maio de 2011

CONTOS DE ARREPIAR - SEGUNDA PARTE

_Conto : O lobisomem

Esta historia verdadeira em toda sua integra aconteceu na cidade de Curitiba,
No bairro Uberaba, no ano de 1958, meus pais eram casados há pouco tempo,
Minha mãe na época do acontecido estava grávida de sete meses, naquela   época as noites eram longas ,pela falta de televisão, meus pais se deitaram cedo como de costume, lá pelas tantas da madrugada, minha mãe acordou com um barulho no galinheiro , que ficava ao lado da casa, acordou meu pai e avisou que havia raposa atacando as galinhas, levantaram e foram acudir as bichinhas , mas quando entraram no galinheiro pouco havia sobrado delas, a maioria estavam mortas e destripadas, meus pais se assustaram com a cena, foi quando ouviram um dos galos cantando assustado na rua de baixo da nossa casa, que era asfaltada, resolveram buscá-lo, mas meu pai antes pegou um facão que deixava guardado perto da porta, e foram, quando estavam a uns metros do galo, que machucado se debatia no chão,ouviram algo que vinha correndo pelo asfalto , e era grande e pesado, meu pai temendo por minha mãe grávida, resolveu deixar o galo e retornar, porem a fera decidiu atacá-los , meus pais corriam na frente sem olhar para traz , mas sabiam que aquilo vinha logo atráz ,foi quando meu pai teve que se virar na entrada de casa para fechar a porta, porem não deu tempo ,pois o bicho chegou junto, segundo eles era um cachorro enorme,preto, fétido, que rosnava e babava, levantou-se nas patas traseiras para atacar, quando meu pai encostou o facão no peito dele e disse: mais um passo e eu te corto, ele insistiu e meu pai espetou o facão no couro duro dele,foi quando ele abaixou-se rapidamente e saiu correndo rua abaixo, passado uns tempos,eu nasci e meu pai começou a trabalhar como caminhoneiro, desta forma minha mãe ficava só em casa, meu pai fez um abrigo para as novas galinhas, embaixo da casa, onde elas dormiam sossegadas, o bicho voltou varias vezes, mas como não podia mais alcançá-las, contentava-se  em comer as fezes do chão do galinheiro.
Depoimento de Lene Badui, aconteceu com Joel e Jalila.
 


_Conto: O lobisomem

Eu era criança na época morávamos em Bateias do Sul,em um pequeno sitio
Tínhamos alguns cães na casa ,para guarda do quintal, um deles o Patudo era muito grande, naquele fim de tarde, brincávamos na varanda esperando o jantar, meus pais na cozinha conversavam, quando os cachorros começaram a latir e  rosnar desesperados, patudo na  frente partiu com a tropa para dentro do capão de mata, meu pai vendo aquilo colocou-nos pra dentro e pegou sua espingarda de caça, no mato foi um barulhão, quando eles retornaram traziam um outro cão acuado ,preto, enorme, fedia longe, babava e rosnava, dava patadas com garras enormes,quando uma atingiu Patudo que aos ganidos foi parar longe, o bicho levantou nas patas traseiras e vinha contra os outros cães perto da casa ,quando meu pai atirou, ele saiu para o mato, e sumiu, quanto ao Patudo, teve sua orelha partida em dois e levou dias para se recuperar,meu pai dizia na época que fomos surpreendidos por um lobisomem.
Depoimento de Margarida Zanette


_Conto:Alma penada

Esta historia aconteceu com meu avô ,já falecido, mas ficou na lembrança de todos nós,por que todos na família ouvimos varias vezes minha avó contar,já que ele teve um derrame logo em seguida, estavam de  férias de verão,em 1940, meus avos foram para praia de Matinhos, na época muito tranqüila, com uma bela beira mar, que circundava toda a extensão da orla e acabava adentrando o mar , através de um aterro,com bancos e palmeiras, a madrugada estava muito abafada e meu avô não conseguia dormir, resolver tomar a fresca lá fora na beira mar em frente do hotel que estava hospedado,passado alguns minutos , após ele se sentar confortavelmente em um dos bancos, observou um ponto branco que se aproximava na escuridão do mar adentro, imaginou ser um pássaro que voava sobre as águas, mas logo viu que era grande de mais,parecia uma mulher toda de branco, com os cabelos ao vento, veio, veio, ate que passou sobre sua cabeça e pousou sobre uma enorme pedra,e ali ficou por um tempo, meu avô petrificado, teve medo de se mexer  e  também ficou, ate que a mulher alçou vou em direção ao meu avô bem baixo que ele sentiu o vento que ela fazia ao voar, deu um grito e sumiu na escuridão do mar, meu avô correu para o hotel,acordou minha avó e contou o acontecido, fizeram as malas,mas dali foram para o hospital de Paranaguá ,por que ele teve um derrame, o medico afirmou que foi um trauma muito forte que ele sofreu, após quase dez anos na cama, finalmente ele pode descansar.
Depoimento; Nazaret Matoso

Nenhum comentário:

Postar um comentário